Uma análise dessa geração

O mundo globalizado de hoje, o capitalismo, a independência do ser humano, a busca pela constante satisfação na vida profissional e pessoal têm nos deixado totalmente sem tempo.
A Lei Áurea assinada em 1888 extinguiu o trabalho escravo no Brasil. Entretanto, nas últimas décadas, mesmo com a abolição da escravatura que libertaram os negros e mulatos, mesmo contando com a industrialização e com as mais avançadas tecnologias, negros, mulatos, brancos e amarelos, enfim, do ocidente ao oriente, ainda continuamos escravos. Escravos do dinheiro, escravos do tempo.
O salário mísero pago a maioria dos trabalhadores e a grande fortuna recebida por quem ocupa os mais altos cargos criaram em nós a ânsia de ter mais e mais. Por isso, trabalhamos tanto, por isso ficamos no escritório até tarde da noite ao invés de sairmos no horário certo e aproveitar o tempo com nossas famílias. Vivemos sem tempo para passear com nossas famílias, sem tempo para cuidar de nós mesmos. Erramos ao pensar que ao trabalhar muito, ao conseguir mais dinheiro poderemos oferecer uma vida melhor, até podemos oferecer sim, mas será uma vida de regalias, entretanto, será também uma vida com vazios que não foram preenchidos pelo dinheiro. O amor, o carinho, a união, o respeito, a honra e a obediência são sentimentos que não podem ser conquistados através do dinheiro, só podem ser conquistados com a convivência. "É
melhor a pobreza na própria casa do que a riqueza em um país estrangeiro" (Prov. 27) Isso tudo, me faz ver o quanto somos materialistas, aonde o consumo exagerado torna as pessoas cadê vez mais superficiais. Por esses motivos, hoje vemos pais matando os filhos, filhos assassinando os pais, filhos que simplesmente largam seus pais em asilos por acharem que estão velhos demais e não prestam para mais nada, a vida perdeu seu valor, a família perdeu todos os valores.

Quando penso em família, penso em solidariedade, em amor, em sustentação, em unidade e em base. A família é a base da sociedade, se temos famílias desestruturadas, temos uma sociedade desestruturada e corrompida em seus valores. Casa se refere à família quer como casado que se desdobra na história, quer como grupo humano que partilha o mesmo quadro religioso e social. Mas que quadro religioso é esse?
Os pais não tem tempo nem para eles próprios, quanto mais ensinar sobre Deus para seus filhos. O valores que Jesus deixou ao mundo estão empoeirados nas muitas casas. Valores de como amar, de demonstrar o amor ao próximo, a integridade, o perdão, o respeito, a honra aos pais.

A figuras de homem e mulher no quadro familiar são bastante expressivas na bíblia. Lembrando os modelos sábios descritos por lá, observamos a esposa como uma mulher cristã e celebrada no Livro dos Provérbios. A mulher, se diz, - edifica a
casa com a sua sabedoria, mas pode destruí-la com a sua insensatez. Ela não é somente um acessório do marido, mas o verdadeiro sustento dele, um auxílio que Deus lhe ofereceu desde a criação do mundo, auxílio igual a ele por natureza e dignidade.

(Provérbios 31:10-31) A mulher de valor quem a encontrará? Ela é muito mais preciosa do que
as jóias. Seu marido confia nela plenamente e não precisa de outros recursos. Ela
lhe proporciona sempre alegria, nunca desgostos, todos os dias de sua vida.

Aos filhos se impõe o respeito e obediência para com seus pais.

(Provérbios 1:8;9) Escuta, ó filho as instruções de teu pai e não rejeites os ensinamentos de
tua mãe. Eles serão uma coroa resplendente sobre tua cabeça, colares no teu
pescoço.
(Deuteronômio 5:16) Honra teu pai e tua mãe, como teu Deus, mandou, a fim de que teus
dias na terra se tornem numerosos e sejas feliz na terra que Deus te deu.

Se os filhos devem aos pais submissão e respeito, os pais, por sua vez, têm o dever de educar os filhos sem oprimi-los e nem irritá-los. A primeira coisa que filhos e netos devem apreender como coisa agradável a Deus e de acordo com o Evangelho, é o respeito para com aqueles que lhe transmitiram a vida. Omissão para com os pais e familiares é o mesmo como renegar a fé. Por isso os tempos de crise de fé serão também tempos de crise familiar, caracterizados por um espírito de revolta dos filhos contra os pais, o que se torna sinônimo de revolta contra Deus.

Aceitar o que se lê na bíblia exige das famílias uma lista de compromissos, além de serem condicionados ao tempo e à sociedade atual. O tempo é uma grande limitação e uma pedra no sapato de muita gente por aí, e é ela que nos limita a sermos melhores esposas, melhores maridos, melhores filhos, netos. O pouco tempo que nós mesmos criamos impede que nos tornemos melhores em tudo.

Ao ler a definição de superficial “que toca apenas a superfície da pele, “que não se interessa por coisas importantes”, verificamos que é realmente o que vivemos atualmente. Não que o dinheiro não seja importante, sim, no mundo de hoje, ele é sim. Mas não deveria ser o quanto é. Isto deveria ser uma relação balanceada. Contudo, o valor monetário se tornou com maior peso do que o valor de uma família.
O crédito fica para quem é bem sucedido profissionalmente e não pessoalmente. Por que? A vida pessoal também é uma luta, é um ringue, onde existem pessoas melhores que você e que se quiserem podem até tomar o seu lugar. O lugar de um pai, o lugar de uma mãe. Deveríamos nos preocupar primeiro em tocar o coração de alguém ao invés de nos preocuparmos tanto com a aparência. De que adianta, estar todos muito bem vestidos, se é o ódio que habita no coração, se é a inveja que o corrói? Nada, só torna o mundo mais e mais doente.
Somos superficiais primeiramente no relacionamento com Deus, a primeira falha faz com que todos os outros relacionamentos sejam errôneos.

Pensem nisso,
ass. Jamila S. Costa =D

Comentários

É sempre bom ler textos como este...
E sei que vindo de você sempre encontro alimento para minha alma...

Você é muito especial amiga!
Amo
bjo
Jamila Costa disse…
ah eu sou meio assim sabe...analiso tudo e todos..eu gosto...acho que eu deveria fazer uma pós em sociologia..hauhaua...credo...tb amo vc...e suas doces poesias...